sábado, 31 de dezembro de 2011


De longe,
ele se apresenta
se mostra,
por ser robusto,
bissexto.

Cria expectativas...

Fevereiro se espalha
nos espelha,
quiçá,
alegres

São dois.
São duas...

Duas mil
e doze razões
pra ser

mais que feliz

É dose!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Ele veio em minha direção
E me abraçou.

Encostou sua cabeça em meu peito.

Nada disse.

Chorou somente
a semente
criança

Sem reação e surpreso
Restou-me apenas
Fazer-lhe
um cafuné...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

It rains
and in my brain...
storms

It rains
but my eyes
don’t close

It rains
but I know
she’s my rose

It rains
and the wind is cold

It rains and only her
could cover me

sexta-feira, 14 de outubro de 2011



De onde eu venho, o Professor é um Mestre,  quase um pai. 

De onde venho, as crianças e os velhos respeitam o profissional da educação...tanto, tanto, tão...

Ah! os adolescentes?! Nem se fala!! Eles são ótimos.  Participam ativamente das aulas. Não ouvem som na sala e tiram o fone rapidamente do ouvido, quando percebem que a aula vai começar. Além disso, é claro, não usam boné, cap, boina, gorro e afins...

Na aula, quase não falam. O professor, esse ser sortudo (coitado!!!), tem que insistir veementemente para conseguir que seus alunos abram a boca naquele ambiente bem iluminado, sem paredes pichadas, com quadro-branco e ventiladores funcionando.

Mas o melhor de tudo...o melhor de tudo de ser um profissional que se preocupa com a formação do cidadão, no lugar de onde eu venho, é o comprometimento daquele lugar sem nome com aquele indivíduo...com a Educação como um todo. Me impressiona tanto tal feito...Mas me impressiona tanto....

que chego a  sonhar...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Pensando o mundo sem sair de meu Castelo,
que quiseram Branco.
Quão bom teria sido aquela Pedra Preta, 
meu quilombo...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Na capital do desemprego,
todo ano tem carnaval

Na capital do desemprego
ser camelô já é normal

Na capital do desemprego,
catar latinhas é natural

Na capital do desemprego,
desigualdade é surReal

Na capital do desemprego,
resto de feira é prato principal

Na capital do desemprego
andar de ônibus não tá normal

Na capital do desemprego
a violência cresceu total

Na capital do desemprego,
Educação está um caos

A capital do desemprego,
p’ra quem é de fora é bacanal

Na capital do desemprego,
a luta é injusta, racista e desleal

Na capital do desemprego,
de tudo um pouco
por capital.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011


Hipo
Cri.
Sea.

 Fingimento.
Fingimuito.
Faminto


Dezcaso
Maltrato.
 Nada por acaso.

Desdém.
Dezamores.
Desgosto.

Ego sum!
Tenho.
Posso.

Dez(mata)muito.
Polui(são).
Corrupsou.

Barraco.
Taipa.
Madeirit
Ás-faltos ausentes

Fome.
Hospital.
(Corre)dores!
E mortes.

Funerárias
E brigas
E corpos.

Viva!
Viva!
 Não se tem Alternativa!

Morram todas elas!
Todas as más!
Ah! Mas és!
Mas sois as mazelas!
da pre(tensa) humanidade!

segunda-feira, 25 de julho de 2011


Já que é pra escrever...
Não meço esforços
São poucos versos
poucos dados,
muitos fardos

(Des)cobrir!!
pra sua sorte
ou desespero
e passei a fazer
uma escrita da gente
veemente
de ateu ou crente
que crê
que quer ter
poder (de escrita )

Poder de reverter
de fazer
de saber
que há muito
essa mesma escrita
esteve a serviço de uma elite
que omite
que só transmite o que lhe é
o que lhe foi
conveniente

Não escritor...
Escrevente!

sábado, 23 de julho de 2011


Perfuro-cortante
atira-se num instante
É certeira a flecha
é certa

Não desiste
insiste
desperta

E corre
e voa
e rasga o vento
o céu
a pele

peleja
pela esquerda
deseja, 
se maneja

À direita, de tudo,
nada de bandeja
porta estreita,
luz na greta
ginga não satisfeita

mandinga
diagonal-
mente
transversal
é horizonte a tal
inverte o vertical

Essa flecha-espada
índio-africana
vai
e voa
e vem
repleta de palavras ácidas
em chama
Que chama!
ferindo o espanto
dos que nem de perto
conseguem vê-la.