segunda-feira, 25 de julho de 2011


Já que é pra escrever...
Não meço esforços
São poucos versos
poucos dados,
muitos fardos

(Des)cobrir!!
pra sua sorte
ou desespero
e passei a fazer
uma escrita da gente
veemente
de ateu ou crente
que crê
que quer ter
poder (de escrita )

Poder de reverter
de fazer
de saber
que há muito
essa mesma escrita
esteve a serviço de uma elite
que omite
que só transmite o que lhe é
o que lhe foi
conveniente

Não escritor...
Escrevente!

sábado, 23 de julho de 2011


Perfuro-cortante
atira-se num instante
É certeira a flecha
é certa

Não desiste
insiste
desperta

E corre
e voa
e rasga o vento
o céu
a pele

peleja
pela esquerda
deseja, 
se maneja

À direita, de tudo,
nada de bandeja
porta estreita,
luz na greta
ginga não satisfeita

mandinga
diagonal-
mente
transversal
é horizonte a tal
inverte o vertical

Essa flecha-espada
índio-africana
vai
e voa
e vem
repleta de palavras ácidas
em chama
Que chama!
ferindo o espanto
dos que nem de perto
conseguem vê-la.