Quando
a chuva soou no telhado,
pingou
no balde água
Brotou
na mente uma ideia
viva-goteira-repetida
Rolou.
Parede
molhada
Rua
enxurrada
Roupa
chuvalhada
Frio.
Chuva
demorada
Rua
calada
música
constante goteira
Desmoronou
o Barro, Reis, em Angra
Aqui,
também, sangra em vermelho
o Castelo
Branco
Não
se cala, Betão!
Pede
Liberdade a São Caetano
Piedade
para o Nordeste
Encabula!
O
Rio já tá em Vermelho de tristeza
sem
sapatos Plataforma
Difícil
andar pelo Alto de Coutos
Esgotos
a céu aberto. É certo!
Nas
Vistas, nada de Alegre
A
Ita, cá, arranha-se no vale de pedrinhas de dor,
de
amor sólido de Xangô
Pedra
justiça sagrada
tão
logo vem do céu cinzento,
encher
o lagos de nossos largos corações.